quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Meu amigo Nietzsche


Por Taciano Cassimiro 

Friedrich Wilhelm Nietzsche nascido em Röcken, 15 de Outubro de 1844, foi um influente filósofo alemão do século XIX.

Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844, destinado a ser pastor como seu pai, que morre jovem em 1849 aos 36 anos, junto com seu avô (também pastor luterano). Entretanto, Nietzsche perde a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da tentação teológica, dizia Nietzsche: "Outro sinal distintivo dos teólogos é a sua incapacidade filológica. Entendo aqui por filologia "(...) a arte de bem ler – de saber distinguir os factos, sem estar a falseá-los por interpretações, sem perder, no desejo de compreender, a precaução, a paciência e a finesse.

" Seus escritos revelam um grande poder de raciocínio, como: A Gaia Ciência, de cuja expressão “é uma alusão ao nascimento da poesia européia moderna que ocorreu na Provença durante o século XII “. No terceiro capítulo deste livro e lançado o famoso diagnóstico nietzschiano: "Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos", proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios. Assim Falou Zaratustra, um livro para todos e para ninguém. Além do Bem e do Mal, prelúdio a uma filosofia do futuro. O Anticristo, que de fato é uma critica ao cristianismo,e considerado um de seus escritos mais ácidos, ele diz em seu prólogo: "Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.". Ecce Homo, como se tornar aquilo que é. .

Minha admiração pelo filosofo Nietzsche e seus escritos e muito grande, e até confesso, caso não fosse Cristão, provavelmente, seria um discípulo de carteirinha do filosofo alemão. Contudo, Nietzsche ( no meu conceito ), não passou de um grande pensador, que não conseguiu compreender a grandeza da revelação de Deus, seja ela, por meio da natureza, da Bíblia ou de Jesus Cristo. A declaração de Nietzsche " Deus está morto " não revela sua sabedoria , mas sua ignorância e incapacidade de ver além dos olhos e da inteligência natural. Ele afirma "Para mim o ateísmo não é nem uma conseqüência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto" (Ecce Homo, pt.II, af.1). O pensamento de Nietzsche é absolutamente contrário a reveleção de Deus e a experiência humana. Não e preciso ser filosofo ou cristão, para concluir, que o pensamento de João Calvino, quando diz, que o homem possui o “ sensus religionis “ e " sensus divinitatis " é mais que verdadeiro, bíblico, razoável e sábio que o pensamento de Nietzsche. Vejamos um pouco do pensamento do reformador francês João Calvino: A idéia da Divindade é praticamente uma crença de toda raça humana no seu estado natural. Todos os seres humanos que vêm ao mundo nascem com a idéia de um ser superior, mesmo que não saibam formular corretamente conceitos sobre ele. Calvino usa duas expressões elucidativas a respeito da idéia de Deus que até os pagãos possuem. Ele atribui essas idéias inatas a duas coisas naturais no homem, coisas que a queda não destruiu porque Deus as plantou de forma indelével no coração humano: Semem religionis – A semente da religião foi plantada no coração do homem quando Deus o criou. Sensus divinitatis – A semente da religião existe porque o ser humano nasce com o senso de que existe um Ser divino por detrás de tudo que ele vê e sente.

É só estudar a história das grandes civilizações do passado e perceberemos que independentemente de qualquer instrução religiosa o homem foi manifestando esse senso do divino, do religioso, dando provas históricas de que o homem é " um ser religioso e não ateu por natureza".

O testemunho das Escrituras Sagradas é de que, o néscio é que diz, " não há Deus ‘ Salmo 14. Nietzsche muitas vezes é incompreensível em seus escritos, conceitos, e até mesmo o foi em sua vida. Entre as loucuras de Nietzsche, e a verdade das Escrituras Sagradas, fico com as Escrituras que é a revelação de Deus para nós. Escrito por homens, e verdade,  40 ao todo, porém sua origem é divina, pois o “theopneustos “ (Theópneustos – é a união de duas palavras gregas: theós ( Deus ) e Pneuma ( sopro, espírito ) inspirou os autores bíblicos.

Tudo que o filosofo Nietzsche escreveu ou falou, já estava predito nas Escrituras, que só os loucos diriam coisas semelhantes às do filosofo, e o próprio reconhecia isso, pois, e dele a seguinte frase "Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras."

Não conheci Nietzsche pessoalmente, não apertei sua mão, e nunca lhe dei um bom dia. Quando ele morreu em Weimar, 25 de Agosto de 1900, nem era nascido, embora existisse nos planos do eterno e cujo meus dias já eram contados e escritos em seu livro. No entanto, li seus escritos e me considero amigo do filosofo no que diz respeito à paixão pela busca do saber e da verdade, e até compartilho com ele a desconfiança nos idealistas "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno". Eu e Nietzsche geralmente estaremos em pólos diferentes.

Depois de você ter lido estas linhas, provavelmente, você chegará à conclusão de que, “Eu não sou tão amigo assim de Nietzsche”.


Tailândia 21/11/2012 - texto originalmente escrito em 2007, Arapiraca-AL.

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