Por Taciano Cassimiro
D. MARTIN LLOYD-JONES (1899-1981) foi um pregador galês, popular e influente,
com grandes dons intelectuais, serviu numa congregação da Igreja Presbiteriana
de Gales em Aberavon, Port Talbot, de 1927 a 1938, e em seguida à congregação
independente na Westminster Chapel, Londres, primeiro como auxiliar e depois
como sucessor de G. Campbell Morgan (1863-1945). Jubilou-se em 1968, mas
continuou dedicado a pregação itinerante até pouco antes de sua morte.
O texto básico do opúsculo é Efésios 5.3-5
Algumas lições do livreto:
1. O objetivo do cristianismo e tornar-nos santos e
inculpáveis na presença de Deus;
2. Por corrermos o perigo de não aplicar a fé cristã a
nós mesmos, mas sim de contentar-nos somente em desfrutá-la de maneira teórica;
3. O perigo do antinomianismo: bem, não importa muito,
portanto, o que eu faço. Se a minha salvação final e certa e garantida, posso
viver como eu quiser. Esse é o perigo particular que correm os homens e
mulheres que têm o melhor entendimento da verdade;
4. O cristianismo é pra ser vivido em cada detalhe de
nossas vidas, nos detalhes mais comuns da vida, em tudo que fazemos;
5. A vida cristã é o combate da fé. Necessitamos de
toda armadura de Deus; temos de vigiar e orar; temos de compreender que estamos
cercados de inimigos e perseguidores visíveis e invisíveis, alguns deles dentro
de nós, e durante todos os dias nós temos que está alerta;
6. E o fato de não fazermos o que é mal, é porque
somos santos, e porque estamos no reino de Cristo e de Deus.
Ao tratar da relação Estado e Igreja propriamente
dito LIoyd Jones faz as seguintes declarações:
1 . Deus está agindo hoje no mundo por meio de duas
esferas, a esfera da igreja e do estado;
2. Ambas as esferas se destinam em funcionar segundo
os métodos e meios que lhes são designados , e jamais deveria haver confusão
entre elas;
3. A Igreja Cristã não é um Departamento ou Secretária
do Estado;
4. O erastianismo é uma negação da mensagem cristã. O
Estado não está acima da Igreja. A Igreja não é simplesmente uma das atividades
do Estado. A Igreja não pertence a mesma esfera do Estado; ela é o reino de
Cristo e de Deus! E sempre devemos lutar por essa distinção.
5. Se os cristãos querem ajudar o Estado, a melhor
maneira é pela pregação de um evangelho que produza tanto cristãos que o Estado
terá que dar atenção ao que nós dizemos.
6. Não cabe ao Estado pregar; o dever do Estado é usar
a espada; é governar; é fazer as leis do parlamento; é punir e ensinar aos
homens que se eles não responderem como devem a uma correta visão da vida,
merecerão castigo, e certamente o receberão. A graça e a lei não podem se
misturar; não pertencem a mesma esfera.
7. Que o Estado continue com as suas atividades.
Entretanto que não haja confusão de pensamento; doutro modo, haverá fracasso em
ambas as esferas.
8. O que estou criticando é a confusão das esferas da
Igreja e do Estado.
E Excelente opusculo, recomendo aos interessados em saber qual deve ser a relação entre Estado e Igreja.
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