Essa foi pergunta que um homoafetivo, muito meu amigo, me fez recentemente num papo muito descontraído.
Mas, a pergunta é muito séria.
Antes de responder:
Sou líder da Igreja Presbiteriana
de Tailândia no Estado do Pará. Pai de dois filhos, John, 15, e Caio, 6. Tenho
os criado com base na palavra de Deus, cercando-os de amor, carinho, dialogo e
compreensão. Não sei se sou o melhor pai, mais tento ser o melhor que posso. Meu
filho John me ajuda bastante nas atividades da igreja, e também aproveita seu
tempo livre para jogar futebol, vídeo game e outras atividades. Caio é uma
comédia em pessoa, cheio de perguntas e ideias mirabolantes. A me ver estudando
algum livro volumoso, sempre me pergunta – pai esse livro é de Teologia
Sistemática. Nessas horas não sei se rio ou se choro de alegria. São dois
filhos, meus amores, minha vida, e não consigo imaginar minha existência sem a
energia de um e a preguiça do outro.
Pois bem, respondi ao meu querido
amigo que:
1. Continuaria
amando meu filho;
2. Continuaria
ensinando os princípios cristãos com muito amor e dedicação;
3. Abominaria
toda e qualquer forma de preconceito a ele;
4. Não
o colocaria para fora de casa ( abomino essa atitude cometida por muitos pais
);
5. Não
o colocaria para fora da igreja ( embora creia que alguns crentes prefeririam
vê-lo bem longe );
6. Deixaria
ciente de que não gozaria dos privilégios previstos pela Constituição da
igreja, por entendermos que a homoafetividade contrária os princípios da
palavra de Deus;
7. Continuaria
amando meu filho.
Uma palavra
Acredito que esse é um tema “
Homoafetividade “ que a igreja não pode ignorar. É incrível, é de assustar,
como temos dificuldades de lidar com isso nas congregações. Aceitamos os
mentirosos, falsos irmãos, as politicagens eclesiásticas nojentas. Mas
rejeitamos na prática alguém que se assuma gay. A própria igreja cria as condições
para que o homoafetivo sinta-se mal e pule fora. Cadê a nossa fé na ação do
Espírito por meio da Palavra?
Entendo que não devemos negociar
jamais os princípios do Reino de Deus. No entanto, não precisamos ser
desumanos, agressivos, intolerantes a ponto de não acolhê-los com carinho e
amor. Precisamos aprender a lidar com a realidade. Criar condições,
alternativas, para estabelecermos uma atmosfera de dialogo, mais sempre
deixando claro os princípios do reino, e as consequências de viver fora deles.
Abraços fraternos
Taciano Cassimiro
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