terça-feira, 17 de novembro de 2015

EVANGELHO DE MARIA MADALENA



É um texto a princípio estranho, com início parabólico. Expressões que nos lembram os evangelhos canônicos como " a paz esteja convosco ", " Recebei minha paz “, “ O Filho do Homem está dentro de vós “ esta última nos remete aos títulos messiânicos e a natureza humana de Cristo.

O texto ainda tem falas atribuídas a Cristo que é um tanto estranha Jesus disse: "Não há pecado ; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'”. O Evangelho de Madalena também contêm palavras de ânimo e conforto aos discípulos. Os mesmos são encorajados a continuar a obra de Cristo na certeza de que o mesmo estará sempre com eles.

Na parte final temos Maria Madalena respondendo as indagações de Pedro: “Pedro disse a Maria: "Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos." A resposta de Madalena é carregada de conceitos difíceis de relacionar com os Evangelhos canônicos. Inteiramente baseado em uma visão que a mesma tivera onde a alma luta contra potências ( ex. ignorância ), e ao chegar na quarta potência a mesma se transforma em 7 formas, são elas: “A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância,; a quarta, é a comoção da morte; a quinta, é o reino da carne; a sexta, é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada”.

Diante da fala de Madalena o apóstolo André diz “Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam ideias estranhas". Pedro diz não acreditar e enfatiza: "Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Maria em seguida “"Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?". Nesse momento Levi ( Mateus ): “respondeu a Pedro: "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem”.

O texto termina com os discípulos saindo para pregar o Evangelho cheio de ânimo.

O texto atribuído a Maria Madalena nos mostra uma mulher muito próxima do Senhor, importante na vida dos discípulos a ponto de consola-los, anima-los e redireciona-los a missão de pregar o Evangelho.

O texto tem características gnósticas, ênfase em ensinamentos secretos. A leitura tendenciosa ou deturpada do texto levou estudiosos a concluir que Maria Madalena foi esposa de Jesus e líder do cristianismo pós a ressurreição de Cristo.



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Série " ESPIRITUALIDADE CRISTÃ 1 PARTE "


O pastor Taciano Cassimiro abordará de forma simples e objetiva essa temática. Mostrando as diversas formas de espiritualidade e como as mesmas trás implicações para nossas vidas. 
Nosso objetivo é levar você a reflexão e, principalmente entendermos que nossa fé sem obras é morta.





segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA CRISTÃ: SANTO AGOSTINHO







ESBOÇO DA AULA DE INTRODUÇÃO À FILOSOFIA CRISTÃ

CURSO MÉDIO EM TEOLOGIA




Profº Taciano Cassimiro
10/07/2015

   
I.     Origem

  •    Nasceu em 354-430 D.C em Tagaste, África
  •   Filho de Patrício e Mônica
  •   Vive com uma concubina por 15 anos, nasce-lhes Adeodatus  que significa “ dado pelo deus Baal “.
II.     Suas Obras

  •   A Cidade de Deus: combate o politeísmo, combate a teologia natural, dogmática ao cristianismo, o destino final das duas cidades.
  •   Confissões ( 397-401 ): Autobiografia, Confissão aos homens e Confessar-Proclamar a grandeza de Deus.
  •   Sobre a Trindade ( 405-420 ): Trabalho doutrinário mais importante seguido-acompanhado de lindas preces.

III.     Ministério


  •   Bispo de Hipona
  •   Teólogo
  •   Filosofo
  •   Apologista:

  •  CONTRA O PELAGIANISMO: O pelagianismo foi uma seita herética que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a salvação. O termo é derivado do nome de Pelágio da Bretanha.

  •  CONTRA O DONATISMO: advém de Donato de Casa Nigra, episcopado de 40 anos;


          CRENÇAS CENTRAIS DO DONATISMO:

         1. O Verdadeiro bispo é puro, 
         2. A Verdadeira igreja é pura; separação exigida + batismo donatista

          RESULTADOS:

        1. O enfraquecimento da igreja na África do norte, 
        2. A aceitação do uso da força e da perseguição pela igreja para reforçar a ortodoxia, 
        3. A aceitação

  • CONTRA O MANIQUEÍSMO: Mani ( Pérsia ) aos 24 anos recebeu a 2º iluminação religiosa e fundou sua própria religião ( “ universal “ ), acentuava as missões, foi crucificado em 277 na Pérsia.


          CRENÇAS CENTRAIS DO MANIQUEÍSMO

       1. Revelação final: Mani é o mensageiro divino final,

       2. Religião universal: juntou os elementos das religiões maiores,

      3. Dualismo: Duas forças eternais no universo ( a luz e as trevas ),  ( Os personagens da mitologia persa podem, em sua maioria, ser classificados em dois tipos: os bons e os maus. Isso espelha o antigo conflito baseado no conceito do zoroastrismo da dupla origem em Ahura Mazda (em avéstico, ou Ormuzd em persa tardio). Spenta Mainyu é a fonte da luz, da fertilidade e das energias construtivas, enquanto Angra Mainyu (ou Ahriman em persa) é a fonte da escuridão, da destruição, da esterilidade e da morte.)

    4. Salvação: É o processo de soltar as partes da luz que as trevas dominaram,

    5. Gnosticismo: Salvação pelo conhecimento dos segredos do universo.


IV.     Suas Ideias

  •   A Verdadeira Filosofia.

  •   O Problema do Mal: O único mal que existe é o mal moral. O mal é privação, ausência.

  •   Graça e Liberdade: Pecado original como danificador da natureza humana; Adão gozava de plena liberdade antes da queda, não seus descendentes; O homem precisa da graça de Deus.


CONCLUSÃO

1. O homem perdeu a liberdade plena; 

2. O livre arbítrio é insuficiente para o homem alcançar a verdadeira perfeição, a qual somente poderá alcançar com a ajuda divina;

3. Pecado original como danificador da natureza humana.


domingo, 30 de agosto de 2015

INTRODUÇÃO À TEOLOGIA PASTORAL

CURSO DE TEOLOGIA PASTORAL

ESBOÇO

1º Aula
Introdução à Teologia Pastoral


INTRODUÇÃO

Louvamos ao Senhor pela oportunidade de juntos iniciarmos o nosso curso de poemênica. 
Vejamos algumas razões que justifica a necessidade de estudarmos o assunto:


     ·        A crise pastoral e eclesiástica vigente

     ·        O despreparo intelectual

     ·        O vazio que emana do púlpito

     ·        O vazio doutrinário da membresia

     ·   Os questionamentos que a sociedade moderna faz em relação ao ministério pastoral.

Diante das razões expostas o texto que me salta a mente é 1 Pd 5.1-4:  “1 Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:  2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória”.   

 Algumas lições:

1.   Humildade ( rogo eu ) v1
2.   O rebanho é de Deus v2
3.   Motivação certa ( não por força ou interesses, mas de boa vontade ) v2
4.   Não seja dominador v3
“Autoridade não se impõem; autoridade se reconhece” (Watchman Nee)
5.   Seja exemplo v3
6.   O galardão vem do Senhor v4


    1.  O QUE É TEOLOGIA PASTORAL?

“Teologia” significa, estudo de ou sobre Deus. No nosso caso usamos no sentido de “estudo“, e “pastoral” se deriva do termo “pastor”, que consequentemente nas línguas originais hebraica e grega, são:

·        Na língua hebraica, o termo correspondente é “raah”, baseada na ideia de "cuidar dos rebanhos", "dar pasto", Sl 23.1-6.

·        Já no NT, o termo grego correspondente é “poimen”, um substantivo que figura somente em Ef 4:11, onde o pastor aparece como alguém que Deus deu à Igreja como um dom. 

É conhecida como pastorologia e visa cuidar da prática da teologia em todos os seus aspectos na vida pastoral.


    2.  CARACTERÍSTICAS

·   É menos teórica porque a Teologia Pastoral tem como objeto o exercício prático do ministério pastoral, isto é, a realização das atividades internas eclesiais.

·        Mais individual, porém não individualista

·        É reflexiva



     3.  QUAIS OS OBJETIVOS DA DISCIPLINA ?

  Provocar profunda reflexão sobre o exercício do ministério:

·        Dimensão do eu (crise e afirmação ministerial);

·        Dimensão da comunidade da fé (problemas, desafios e soluções);

·        Dimensão  “secular” (práxis fora dos portões);

·        Dimensão de Deus (... ministério na ótica divina, está bom ?).


CONCLUSÃO

REFLEXÃO " IMITAÇÃO DE CRISTO " de Tomás de Kempis

CAPITULO 2 Do humilde sentir de si mesmo
1. Todo homem tem desejo natural de saber; mas que aproveitará a ciência, sem o temor de Deus? Melhor é, por certo, o humilde camponês que serve a Deus, do que o filósofo soberbo que observa o curso dos astros, mas se descuida de si mesmo. Aquele que se conhece bem se despreza e não se compraz em humanos louvores. Se eu soubesse quanto há no mundo, porém me faltasse a caridade, de que me serviria isso perante Deus, que me há de julgar segundo minhas obras? 


Professor e Pastor Taciano Cassimiro




domingo, 19 de julho de 2015

Cessacionismo e Continuísmo


O assunto é polêmico, porém acredito que é possível chegar ao equilíbrio sem comprometer a verdade das Escrituras.



PAPO SIMPLES - ACERCA DOS NOVOS CALVINISTAS


Vídeo sobre " Os Novos Calvinistas "

Obs. O áudio no min 3.30 até 5.41 ocorre um problema de volume. Desculpe os colegas pelo problema.








sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Que fazer quando estamos angustiados?

                                                   
  Por Taciano Cassimiro

Texto: Salmo 4.1-8

É verdade que as aflições que nos atingem no dia a dia, muitas vezes roubam-nos a alegria, e em alguns casos até a vontade de viver. A angustia é algo muito perigoso, pois a mesma pode afastar alguns do caminho de Deus Mt 13.21.

De onde nasce a angustia?

Da preocupação ou sensação de insegurança. Pode estar também associada a causas psicológicas como: traumas, complexo, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão. A angustia é também uma emoção que precede algo ( acontecimento, uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angustia atravéz de lembranças traumáticas que dilaceram a alma.

Há angustia sempre esteve presente na historia do povo de Deus a própria Bíblia nos mostra exemplos de servos que se angustiaram em determinados momentos de suas vidas. 

São eles:

1. O profeta Elias depois de ter vencido os 450 profetas de Baal refugiou-se em uma caverna com medo da perseguição e morte 1 Rs 19.9-10; 

2. O profeta Jonas no ventre do peixe sentiu-se em agonia ( angustia ) e clamou ao Senhor Jn 2.2;

3. O grande apostolo dos gentios, Paulo, teve seus momentos de angustias, e relatou aos seus irmãos da igreja de Corinto que mesmo em aflições, ele, sentia prazer por e no amor de Cristo 2 Co 6.4; 12.10.

4. Até nosso Senhor Jesus, no Jardim do Getsêmane, sentiu sua alma ser inundada pela aflição. Sua angustia lhe causava a dura e severa impressão de morte. Mesmo assim entregou-se a vontade de Deus Mc 14.32-36.

Independentemente de nossa espiritualidade, conhecimento teológico ou até mesmo psicológico nós não estamos livres de sermos acometidos pelas angustias da vida.

Vejamos as lições do Salmo 4 que segundo os estudiosos está no mesmo contexto histórico do Salmo 3, que de forma poética revela-nos as dores de Davi mediante a rebeldia de seu filho Absalão ( pai da paz ), como também nos mostra a confiança de Davi em Deus, mesmo em momento turbulento.

No Salmo 4 Davi fala sobre confiar em Deus na angustia.

Diante da certeza de momentos angustiantes como devemos agir, o que devemos fazer quando estamos angustiados?

1. Devemos clamar ao Senhor v.1

Em momentos de angustia devemos e precisamos orar ao Senhor.
João Calvino chamou a oração de “ o principal exercício da fé, mediante a qual recebemos diariamente os benefícios de Deus”.

Em relação à oração surge a seguinte pergunta.
Se a vida cristã inteira, desde o primeiro passo até a perseverança final, é dom de Deus, por que orar então?

Eis a resposta: “Os fiéis não oram para contar a Deus o que ele não sabe, para pressioná-lo em suas tarefas ou apressá-lo quando demora, mas sim a fim de alertar a si mesmos para buscá-lo, para exercitar a fé meditando em suas promessas, livrando-se de suas CARGAS ( ANGUSTIAS ) ao se elevarem a seu íntimo”.

Em nossas angustias devemos clamar ao Senhor, buscá-lo em oração e com certeza encontraremos a paz e alivio que nossas almas necessitam. Pois Ele nos alivia v.1 e nos ouve 3.

A oração deve ser uma prática constante na vida do cristão.

2. Devemos confiar no Senhor v.5

Com certeza a angustia surge como uma resposta aos anseios mais diversos e é um estado da alma em que a aflição e agonia se fazem presente, tendo como companheiro o sofrimento.

O salmista nos ensina que devemos clamar, e CONFIAR no Senhor. Nossa confiança deve ser constante em Deus.

O salmista Davi nos versículos 6 e 7 nos dá duas razões básicas para confiarmos no Senhor:

Primeiro, porque o Senhor levanta sobre nós a luz, a sua luz. O salmista diz isso, não como uma possibilidade, mais como certeza. Isto significa que Deus não está alheio a dor, angustia, do seu servo. É reconfortante saber que o Senhor se interessa por nós mesmo em angustia.

Segundo, porque o Senhor nos concede alegria. Amados, em meio a angustia sentimos alegria, receber alegria é algo muito maravilhoso. O natural no momento de angustia é sentir dor, muita dor, sofrimento. Porém o Senhor nos concede alegria, e não raro encontramos servos em leito de morte transmitindo vida, paz e consolo, e isto se explica pela presença e alegria do Senhor.

Confie no SENHOR em todo tempo, mesmo em tempo de angustia.

3. Devemos descansar no Senhor v.8

Na angustia o natural seria a falta de sossego, de paz, e do sentido de viver. Com o servo de Deus é diferente. O salmista faz questão em mostrar isso por meio de uma experiência tão simples do dia a dia, o ato de dormir. Ele diz que se deita em paz e logo pega no sono.

Quantos não conseguem dormir em paz, descansar tranquilo por não saberem o que fazer com suas angustias.

O servo de Deus sabe o que fazer, ele descansa no Senhor. E faz isto porque tem a convicção de que estar guardado e seguro em Deus.

Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você! Salmos 116:7

O hino 69 do Novo Cântico,na quarta estrofe nos fala sobre proteção de Deus, e por isso podemos descansar:

Tua ovelha, nos teus braços,
Bem segura guardarás.
Vem livrar-me dos pecados
E guarda-me em tua paz!


Amém.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A IGREJA E O ESTADO

                                                  
Por Taciano Cassimiro

D. MARTIN LLOYD-JONES (1899-1981) foi um pregador galês, popular e influente, com grandes dons intelectuais, serviu numa congregação da Igreja Presbiteriana de Gales em Aberavon, Port Talbot, de 1927 a 1938, e em seguida à congregação independente na Westminster Chapel, Londres, primeiro como auxiliar e depois como sucessor de G. Campbell Morgan (1863-1945). Jubilou-se em 1968, mas continuou dedicado a pregação itinerante até pouco antes de sua morte.

O texto básico do opúsculo é Efésios 5.3-5

Algumas lições do livreto:

1.  O objetivo do cristianismo e tornar-nos santos e inculpáveis na presença de Deus;

   2.      Por corrermos o perigo de não aplicar a fé cristã a nós mesmos, mas sim de contentar-nos somente em desfrutá-la de maneira teórica;

    3.      O perigo do antinomianismo: bem, não importa muito, portanto, o que eu faço. Se a minha salvação final e certa e garantida, posso viver como eu quiser. Esse é o perigo particular que correm os homens e mulheres que têm o melhor entendimento da verdade;

   4.      O cristianismo é pra ser vivido em cada detalhe de nossas vidas, nos detalhes mais comuns da vida, em tudo que fazemos;

   5.      A vida cristã é o combate da fé. Necessitamos de toda armadura de Deus; temos de vigiar e orar; temos de compreender que estamos cercados de inimigos e perseguidores visíveis e invisíveis, alguns deles dentro de nós, e durante todos os dias nós temos que está alerta;

   6.      E o fato de não fazermos o que é mal, é porque somos santos, e porque estamos no reino de Cristo e de Deus.


Ao tratar da relação Estado e Igreja propriamente dito LIoyd Jones faz as seguintes declarações:

   1 .      Deus está agindo hoje no mundo por meio de duas esferas, a esfera da igreja e do estado;

   2.      Ambas as esferas se destinam em funcionar segundo os métodos e meios que lhes são designados , e jamais deveria haver confusão entre elas;

   3.      A Igreja Cristã não é um Departamento ou Secretária do Estado;

  4.      O erastianismo é uma negação da mensagem cristã. O Estado não está acima da Igreja. A Igreja não é simplesmente uma das atividades do Estado. A Igreja não pertence a mesma esfera do Estado; ela é o reino de Cristo e de Deus! E sempre devemos lutar por essa distinção.

  5.      Se os cristãos querem ajudar o Estado, a melhor maneira é pela pregação de um evangelho que produza tanto cristãos que o Estado terá que dar atenção ao que nós dizemos.

   6.      Não cabe ao Estado pregar; o dever do Estado é usar a espada; é governar; é fazer as leis do parlamento; é punir e ensinar aos homens que se eles não responderem como devem a uma correta visão da vida, merecerão castigo, e certamente o receberão. A graça e a lei não podem se misturar; não pertencem a mesma esfera.

   7.      Que o Estado continue com as suas atividades. Entretanto que não haja confusão de pensamento; doutro modo, haverá fracasso em ambas as esferas.

   8.      O que estou criticando é a confusão das esferas da Igreja e do Estado.

E Excelente opusculo, recomendo aos interessados em saber qual deve ser a relação entre Estado e Igreja.