sexta-feira, 21 de julho de 2017

Lobista diz que pagou propina a Jader Barbalho

O lobista Jorge Luz, apontado como operador de propinas do PMDB, afirmou ontem, ao juiz Sérgio Moro que intermediou propina aos senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA) e também ao deputado Anibal Gomes (CE). Interrogado em ação penal sobre corrupção na Petrobrás, Luz relatou ao juiz da Operação Lava Jato ter usado a conta Headliner, em um banco na Suíça, para realizar os pagamentos ilícitos. Jorge Luz está preso preventivamente desde 25 de fevereiro por ordem de Moro. O filho dele, Bruno Luz, também está custodiado.
Segundo denúncia da força-tarefa da Lava Jato, pai e filho atuaram como representantes dos interesses de parlamentares e funcionários públicos da Petrobrás corrompidos para recebimento de propina em contratos de aquisição e operação de navios-sonda da Área Internacional da estatal.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no Paraná ao juíz Sérgio Moro diz que a diretoria internacional da Petrobras foi objeto de loteamento de cargos para a
obtenção de apoio político entre 2003 e 2008 com o diretor Nestor Cerveró e entre 2008 e 2012 com o diretor Jorge Zelada. Para a operacionalização desse esquema criminoso, havia um núcleo financeiro de operadores de propina que garantia que os pagamentos de propina chegassem ao seu destinatário final sem que os sistemas de controles detectassem o percurso dos valores espúrios. 
De acordo com a denúncia, foram agentes no esquema criminoso Alberto Youssef, ligado ao PP, João Vaccari Neto, ligado ao PT, Fernando Soares (o Fernando Baiano), ligado ao diretor Nestor Cerveró, e João Henriques, Jorge Luz e Bruno Luz, ligados ao PMDB. As investigações revelaram a simulação da contratação de serviços de consultoria, o superfaturamento de serviços prestados, o envio de valores para o exterior através de operadores do mercado de câmbio negro e a circulação de valores em espécie com a utilização de empresas offshores registradas em nome de interpostas pessoas.
Um dos casos em que o esquema foi utilizado foi na contratação dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000 da Samsung, e o contrato de operação do navio-sonda Vitoria 10.000, celebrado com a Schahin Engenharia. Segundo a denúncia, por volta de julho de 2006 (início das negociações) até 25 de fevereiro de 2008 (últimos pagamentos), o representante do estaleiro Samsung, Julio Camargo, ofereceu e prometeu aos colaboradores Fernando Soares e Nestor Cerveró e aos denunciados Jorge Luz, Bruno Luz, Demarco Jorge Epifânio e Luis Carlos Moreira, os dois últimos ex-funcionários da Petrobras subordinados a Cerveró, vantagem indevida no montante aproximado de US$ 15.000.000,00 (15 milhões de dólares), para que viabilizassem a contratação de um navio sonda Petrobras 10000 com o estaleiro Samsung Heavy Industries Co., na Coreia, no valor de US$ 586.000.000,00 (586 milhões de dólares), para perfuração de águas profundas a ser utilizado na África.
Outros US$ 25.000.000,00 (25 milhões de dólares) em propina foram pagos para que viabilizassem a contratação do Vitoria 10000 com o mesmo estaleiro coreano, no valor de US$ 616.000.000,00 (616 milhões de dólares), para perfuração de águas profundas no Golfo do México. 
Os valores foram pagos por Julio Camargo a Fernando Soares e repassadas a Nestor Cerveró, Eduardo Musa, Jorge Luz, Demarco Jorge Epifânio, Bruno Luz e Luis Carlos
Moreira, por meio de operações de lavagem de capitais por intermédio de contas ocultas no exterior. Os pagamentos foram feitos entre 2006 e 2011.  Os denunciados
Milton Schahin, Fernando Schahin, Jorge Luz e Bruno Luz incorreram no crime de lavagem de ativos, pois utilizaram de depósitos em contas ocultas no exterior e de dissimulação de prestação de serviços para esconder a origem espúria dos valores recebidos, que foram repassados pelos operadores aos respectivos partidos políticos para os quais operavam. No caso de Jorge Luz, os repasses foram feitos aos senadores peemedebistas Renan Calheiros e Jader Barbalho e ao deputado federal José Aníbal.
De acordo com a denúncia, em 2006, houve uma reunião na Petrobras, com a participação de Nestor Cerveró; convocada por Delcídio do Amaral e Silas Rondeau, então ministro das Minas e Energia, na qual houve pedido de apoio para a campanha do próprio Delcídio, então filiado ao PT, e de Renan Calheiros e Jader Barbalho, ambos do PMDB: que em troca os referidos políticos passariam a dar sustentação a Cerveró na diretoria que ocupava na Petrobras. Nestor Cerveró, então passou a contribuir com os políticos dos partidos indicados. 
Inicialmente, foi repassado o valor de US$ 4 milhões de dólares aos políticos e em outra ocasião, também em 2006, US$ 5,5 milhões de dólares especificamente para Renan Calheiros e Jader Barbalho, conforme relatado em termos de colaboração de Nestor Cerveró e de Fernando Soares. Ambos, na mesma colaboração, disseram que Jorge Luz, que se dizia muito próximo de Renan Calheiros e Jader Barbalho. Eles também disseram que Jorge Luz era conhecido pelo depoente como lobista e ele tinha uma relação antiga com a Petrobras e que ficara responsável por fazer o acerto com os políticos: Jader, Renan, Delcídio e Silas. 
RESPOSTAS
Renan, Jader e Anibal têm, reiteradamente, negado de forma enfática recebimento de valores ilícitos. Em nota ao Estado, o senador Jader Barbalho disse que “nunca teve conta na Suíça e que cabe a Jorge Luz provar ao juiz os depósitos, o número da conta e as datas”. Também diz que conhece Jorge Luz, mas jamais teve algum tipo de negócio. Diz ainda que “isso é declaração de criminoso que deve ser investigada pela Justiça”.
O senador Renan afirmou que conheceu Jorge Luz há mais de 20 anos e desde então nunca mais o encontrou. Disse ainda que não conhece nenhum dos seus filhos. Há 20 dias, o senador prestou depoimento ao juiz Sergio Moro como testemunha de Luz e reafirmou que a citação a seu nome é totalmente infundada.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CRISTANDADE DESMORONANDO

A cristandade está desmoronando não por causa do Cristo das Escrituras, mas por causa daqueles que o dizem representar. O cristianismo como o conhecemos está absolutamente comprometido com o poder, com o controle sobre os fies, sobre suas finanças, com a politica dita eclesiástica, e manutenção da influência pessoal ou grupo.

Em conversa com um pastor, diretor de uma autarquia, ao tratarmos da politicagem que se faz pela influência politica e conquista de cargos, de posições estratégicas na " igreja " o mesmo me respondeu que " ..é um mau necessário, se nós pastores não fizermos isso os pastores mal intencionados reinarão ". Tal raciocínio é estranho ao Evangelho de Jesus.
Por ideal quem detêm o poder religioso fala de uma igreja que já não existe, e de um Evangelho que não é o de Jesus.
Taciano Cassimiro

terça-feira, 17 de novembro de 2015

EVANGELHO DE MARIA MADALENA



É um texto a princípio estranho, com início parabólico. Expressões que nos lembram os evangelhos canônicos como " a paz esteja convosco ", " Recebei minha paz “, “ O Filho do Homem está dentro de vós “ esta última nos remete aos títulos messiânicos e a natureza humana de Cristo.

O texto ainda tem falas atribuídas a Cristo que é um tanto estranha Jesus disse: "Não há pecado ; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'”. O Evangelho de Madalena também contêm palavras de ânimo e conforto aos discípulos. Os mesmos são encorajados a continuar a obra de Cristo na certeza de que o mesmo estará sempre com eles.

Na parte final temos Maria Madalena respondendo as indagações de Pedro: “Pedro disse a Maria: "Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos." A resposta de Madalena é carregada de conceitos difíceis de relacionar com os Evangelhos canônicos. Inteiramente baseado em uma visão que a mesma tivera onde a alma luta contra potências ( ex. ignorância ), e ao chegar na quarta potência a mesma se transforma em 7 formas, são elas: “A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância,; a quarta, é a comoção da morte; a quinta, é o reino da carne; a sexta, é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada”.

Diante da fala de Madalena o apóstolo André diz “Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam ideias estranhas". Pedro diz não acreditar e enfatiza: "Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Maria em seguida “"Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?". Nesse momento Levi ( Mateus ): “respondeu a Pedro: "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem”.

O texto termina com os discípulos saindo para pregar o Evangelho cheio de ânimo.

O texto atribuído a Maria Madalena nos mostra uma mulher muito próxima do Senhor, importante na vida dos discípulos a ponto de consola-los, anima-los e redireciona-los a missão de pregar o Evangelho.

O texto tem características gnósticas, ênfase em ensinamentos secretos. A leitura tendenciosa ou deturpada do texto levou estudiosos a concluir que Maria Madalena foi esposa de Jesus e líder do cristianismo pós a ressurreição de Cristo.



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Série " ESPIRITUALIDADE CRISTÃ 1 PARTE "


O pastor Taciano Cassimiro abordará de forma simples e objetiva essa temática. Mostrando as diversas formas de espiritualidade e como as mesmas trás implicações para nossas vidas. 
Nosso objetivo é levar você a reflexão e, principalmente entendermos que nossa fé sem obras é morta.





segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA CRISTÃ: SANTO AGOSTINHO







ESBOÇO DA AULA DE INTRODUÇÃO À FILOSOFIA CRISTÃ

CURSO MÉDIO EM TEOLOGIA




Profº Taciano Cassimiro
10/07/2015

   
I.     Origem

  •    Nasceu em 354-430 D.C em Tagaste, África
  •   Filho de Patrício e Mônica
  •   Vive com uma concubina por 15 anos, nasce-lhes Adeodatus  que significa “ dado pelo deus Baal “.
II.     Suas Obras

  •   A Cidade de Deus: combate o politeísmo, combate a teologia natural, dogmática ao cristianismo, o destino final das duas cidades.
  •   Confissões ( 397-401 ): Autobiografia, Confissão aos homens e Confessar-Proclamar a grandeza de Deus.
  •   Sobre a Trindade ( 405-420 ): Trabalho doutrinário mais importante seguido-acompanhado de lindas preces.

III.     Ministério


  •   Bispo de Hipona
  •   Teólogo
  •   Filosofo
  •   Apologista:

  •  CONTRA O PELAGIANISMO: O pelagianismo foi uma seita herética que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a salvação. O termo é derivado do nome de Pelágio da Bretanha.

  •  CONTRA O DONATISMO: advém de Donato de Casa Nigra, episcopado de 40 anos;


          CRENÇAS CENTRAIS DO DONATISMO:

         1. O Verdadeiro bispo é puro, 
         2. A Verdadeira igreja é pura; separação exigida + batismo donatista

          RESULTADOS:

        1. O enfraquecimento da igreja na África do norte, 
        2. A aceitação do uso da força e da perseguição pela igreja para reforçar a ortodoxia, 
        3. A aceitação

  • CONTRA O MANIQUEÍSMO: Mani ( Pérsia ) aos 24 anos recebeu a 2º iluminação religiosa e fundou sua própria religião ( “ universal “ ), acentuava as missões, foi crucificado em 277 na Pérsia.


          CRENÇAS CENTRAIS DO MANIQUEÍSMO

       1. Revelação final: Mani é o mensageiro divino final,

       2. Religião universal: juntou os elementos das religiões maiores,

      3. Dualismo: Duas forças eternais no universo ( a luz e as trevas ),  ( Os personagens da mitologia persa podem, em sua maioria, ser classificados em dois tipos: os bons e os maus. Isso espelha o antigo conflito baseado no conceito do zoroastrismo da dupla origem em Ahura Mazda (em avéstico, ou Ormuzd em persa tardio). Spenta Mainyu é a fonte da luz, da fertilidade e das energias construtivas, enquanto Angra Mainyu (ou Ahriman em persa) é a fonte da escuridão, da destruição, da esterilidade e da morte.)

    4. Salvação: É o processo de soltar as partes da luz que as trevas dominaram,

    5. Gnosticismo: Salvação pelo conhecimento dos segredos do universo.


IV.     Suas Ideias

  •   A Verdadeira Filosofia.

  •   O Problema do Mal: O único mal que existe é o mal moral. O mal é privação, ausência.

  •   Graça e Liberdade: Pecado original como danificador da natureza humana; Adão gozava de plena liberdade antes da queda, não seus descendentes; O homem precisa da graça de Deus.


CONCLUSÃO

1. O homem perdeu a liberdade plena; 

2. O livre arbítrio é insuficiente para o homem alcançar a verdadeira perfeição, a qual somente poderá alcançar com a ajuda divina;

3. Pecado original como danificador da natureza humana.


domingo, 30 de agosto de 2015

INTRODUÇÃO À TEOLOGIA PASTORAL

CURSO DE TEOLOGIA PASTORAL

ESBOÇO

1º Aula
Introdução à Teologia Pastoral


INTRODUÇÃO

Louvamos ao Senhor pela oportunidade de juntos iniciarmos o nosso curso de poemênica. 
Vejamos algumas razões que justifica a necessidade de estudarmos o assunto:


     ·        A crise pastoral e eclesiástica vigente

     ·        O despreparo intelectual

     ·        O vazio que emana do púlpito

     ·        O vazio doutrinário da membresia

     ·   Os questionamentos que a sociedade moderna faz em relação ao ministério pastoral.

Diante das razões expostas o texto que me salta a mente é 1 Pd 5.1-4:  “1 Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:  2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória”.   

 Algumas lições:

1.   Humildade ( rogo eu ) v1
2.   O rebanho é de Deus v2
3.   Motivação certa ( não por força ou interesses, mas de boa vontade ) v2
4.   Não seja dominador v3
“Autoridade não se impõem; autoridade se reconhece” (Watchman Nee)
5.   Seja exemplo v3
6.   O galardão vem do Senhor v4


    1.  O QUE É TEOLOGIA PASTORAL?

“Teologia” significa, estudo de ou sobre Deus. No nosso caso usamos no sentido de “estudo“, e “pastoral” se deriva do termo “pastor”, que consequentemente nas línguas originais hebraica e grega, são:

·        Na língua hebraica, o termo correspondente é “raah”, baseada na ideia de "cuidar dos rebanhos", "dar pasto", Sl 23.1-6.

·        Já no NT, o termo grego correspondente é “poimen”, um substantivo que figura somente em Ef 4:11, onde o pastor aparece como alguém que Deus deu à Igreja como um dom. 

É conhecida como pastorologia e visa cuidar da prática da teologia em todos os seus aspectos na vida pastoral.


    2.  CARACTERÍSTICAS

·   É menos teórica porque a Teologia Pastoral tem como objeto o exercício prático do ministério pastoral, isto é, a realização das atividades internas eclesiais.

·        Mais individual, porém não individualista

·        É reflexiva



     3.  QUAIS OS OBJETIVOS DA DISCIPLINA ?

  Provocar profunda reflexão sobre o exercício do ministério:

·        Dimensão do eu (crise e afirmação ministerial);

·        Dimensão da comunidade da fé (problemas, desafios e soluções);

·        Dimensão  “secular” (práxis fora dos portões);

·        Dimensão de Deus (... ministério na ótica divina, está bom ?).


CONCLUSÃO

REFLEXÃO " IMITAÇÃO DE CRISTO " de Tomás de Kempis

CAPITULO 2 Do humilde sentir de si mesmo
1. Todo homem tem desejo natural de saber; mas que aproveitará a ciência, sem o temor de Deus? Melhor é, por certo, o humilde camponês que serve a Deus, do que o filósofo soberbo que observa o curso dos astros, mas se descuida de si mesmo. Aquele que se conhece bem se despreza e não se compraz em humanos louvores. Se eu soubesse quanto há no mundo, porém me faltasse a caridade, de que me serviria isso perante Deus, que me há de julgar segundo minhas obras? 


Professor e Pastor Taciano Cassimiro




domingo, 19 de julho de 2015

Cessacionismo e Continuísmo


O assunto é polêmico, porém acredito que é possível chegar ao equilíbrio sem comprometer a verdade das Escrituras.



PAPO SIMPLES - ACERCA DOS NOVOS CALVINISTAS


Vídeo sobre " Os Novos Calvinistas "

Obs. O áudio no min 3.30 até 5.41 ocorre um problema de volume. Desculpe os colegas pelo problema.








sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Que fazer quando estamos angustiados?

                                                   
  Por Taciano Cassimiro

Texto: Salmo 4.1-8

É verdade que as aflições que nos atingem no dia a dia, muitas vezes roubam-nos a alegria, e em alguns casos até a vontade de viver. A angustia é algo muito perigoso, pois a mesma pode afastar alguns do caminho de Deus Mt 13.21.

De onde nasce a angustia?

Da preocupação ou sensação de insegurança. Pode estar também associada a causas psicológicas como: traumas, complexo, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão. A angustia é também uma emoção que precede algo ( acontecimento, uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angustia atravéz de lembranças traumáticas que dilaceram a alma.

Há angustia sempre esteve presente na historia do povo de Deus a própria Bíblia nos mostra exemplos de servos que se angustiaram em determinados momentos de suas vidas. 

São eles:

1. O profeta Elias depois de ter vencido os 450 profetas de Baal refugiou-se em uma caverna com medo da perseguição e morte 1 Rs 19.9-10; 

2. O profeta Jonas no ventre do peixe sentiu-se em agonia ( angustia ) e clamou ao Senhor Jn 2.2;

3. O grande apostolo dos gentios, Paulo, teve seus momentos de angustias, e relatou aos seus irmãos da igreja de Corinto que mesmo em aflições, ele, sentia prazer por e no amor de Cristo 2 Co 6.4; 12.10.

4. Até nosso Senhor Jesus, no Jardim do Getsêmane, sentiu sua alma ser inundada pela aflição. Sua angustia lhe causava a dura e severa impressão de morte. Mesmo assim entregou-se a vontade de Deus Mc 14.32-36.

Independentemente de nossa espiritualidade, conhecimento teológico ou até mesmo psicológico nós não estamos livres de sermos acometidos pelas angustias da vida.

Vejamos as lições do Salmo 4 que segundo os estudiosos está no mesmo contexto histórico do Salmo 3, que de forma poética revela-nos as dores de Davi mediante a rebeldia de seu filho Absalão ( pai da paz ), como também nos mostra a confiança de Davi em Deus, mesmo em momento turbulento.

No Salmo 4 Davi fala sobre confiar em Deus na angustia.

Diante da certeza de momentos angustiantes como devemos agir, o que devemos fazer quando estamos angustiados?

1. Devemos clamar ao Senhor v.1

Em momentos de angustia devemos e precisamos orar ao Senhor.
João Calvino chamou a oração de “ o principal exercício da fé, mediante a qual recebemos diariamente os benefícios de Deus”.

Em relação à oração surge a seguinte pergunta.
Se a vida cristã inteira, desde o primeiro passo até a perseverança final, é dom de Deus, por que orar então?

Eis a resposta: “Os fiéis não oram para contar a Deus o que ele não sabe, para pressioná-lo em suas tarefas ou apressá-lo quando demora, mas sim a fim de alertar a si mesmos para buscá-lo, para exercitar a fé meditando em suas promessas, livrando-se de suas CARGAS ( ANGUSTIAS ) ao se elevarem a seu íntimo”.

Em nossas angustias devemos clamar ao Senhor, buscá-lo em oração e com certeza encontraremos a paz e alivio que nossas almas necessitam. Pois Ele nos alivia v.1 e nos ouve 3.

A oração deve ser uma prática constante na vida do cristão.

2. Devemos confiar no Senhor v.5

Com certeza a angustia surge como uma resposta aos anseios mais diversos e é um estado da alma em que a aflição e agonia se fazem presente, tendo como companheiro o sofrimento.

O salmista nos ensina que devemos clamar, e CONFIAR no Senhor. Nossa confiança deve ser constante em Deus.

O salmista Davi nos versículos 6 e 7 nos dá duas razões básicas para confiarmos no Senhor:

Primeiro, porque o Senhor levanta sobre nós a luz, a sua luz. O salmista diz isso, não como uma possibilidade, mais como certeza. Isto significa que Deus não está alheio a dor, angustia, do seu servo. É reconfortante saber que o Senhor se interessa por nós mesmo em angustia.

Segundo, porque o Senhor nos concede alegria. Amados, em meio a angustia sentimos alegria, receber alegria é algo muito maravilhoso. O natural no momento de angustia é sentir dor, muita dor, sofrimento. Porém o Senhor nos concede alegria, e não raro encontramos servos em leito de morte transmitindo vida, paz e consolo, e isto se explica pela presença e alegria do Senhor.

Confie no SENHOR em todo tempo, mesmo em tempo de angustia.

3. Devemos descansar no Senhor v.8

Na angustia o natural seria a falta de sossego, de paz, e do sentido de viver. Com o servo de Deus é diferente. O salmista faz questão em mostrar isso por meio de uma experiência tão simples do dia a dia, o ato de dormir. Ele diz que se deita em paz e logo pega no sono.

Quantos não conseguem dormir em paz, descansar tranquilo por não saberem o que fazer com suas angustias.

O servo de Deus sabe o que fazer, ele descansa no Senhor. E faz isto porque tem a convicção de que estar guardado e seguro em Deus.

Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você! Salmos 116:7

O hino 69 do Novo Cântico,na quarta estrofe nos fala sobre proteção de Deus, e por isso podemos descansar:

Tua ovelha, nos teus braços,
Bem segura guardarás.
Vem livrar-me dos pecados
E guarda-me em tua paz!


Amém.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A IGREJA E O ESTADO

                                                  
Por Taciano Cassimiro

D. MARTIN LLOYD-JONES (1899-1981) foi um pregador galês, popular e influente, com grandes dons intelectuais, serviu numa congregação da Igreja Presbiteriana de Gales em Aberavon, Port Talbot, de 1927 a 1938, e em seguida à congregação independente na Westminster Chapel, Londres, primeiro como auxiliar e depois como sucessor de G. Campbell Morgan (1863-1945). Jubilou-se em 1968, mas continuou dedicado a pregação itinerante até pouco antes de sua morte.

O texto básico do opúsculo é Efésios 5.3-5

Algumas lições do livreto:

1.  O objetivo do cristianismo e tornar-nos santos e inculpáveis na presença de Deus;

   2.      Por corrermos o perigo de não aplicar a fé cristã a nós mesmos, mas sim de contentar-nos somente em desfrutá-la de maneira teórica;

    3.      O perigo do antinomianismo: bem, não importa muito, portanto, o que eu faço. Se a minha salvação final e certa e garantida, posso viver como eu quiser. Esse é o perigo particular que correm os homens e mulheres que têm o melhor entendimento da verdade;

   4.      O cristianismo é pra ser vivido em cada detalhe de nossas vidas, nos detalhes mais comuns da vida, em tudo que fazemos;

   5.      A vida cristã é o combate da fé. Necessitamos de toda armadura de Deus; temos de vigiar e orar; temos de compreender que estamos cercados de inimigos e perseguidores visíveis e invisíveis, alguns deles dentro de nós, e durante todos os dias nós temos que está alerta;

   6.      E o fato de não fazermos o que é mal, é porque somos santos, e porque estamos no reino de Cristo e de Deus.


Ao tratar da relação Estado e Igreja propriamente dito LIoyd Jones faz as seguintes declarações:

   1 .      Deus está agindo hoje no mundo por meio de duas esferas, a esfera da igreja e do estado;

   2.      Ambas as esferas se destinam em funcionar segundo os métodos e meios que lhes são designados , e jamais deveria haver confusão entre elas;

   3.      A Igreja Cristã não é um Departamento ou Secretária do Estado;

  4.      O erastianismo é uma negação da mensagem cristã. O Estado não está acima da Igreja. A Igreja não é simplesmente uma das atividades do Estado. A Igreja não pertence a mesma esfera do Estado; ela é o reino de Cristo e de Deus! E sempre devemos lutar por essa distinção.

  5.      Se os cristãos querem ajudar o Estado, a melhor maneira é pela pregação de um evangelho que produza tanto cristãos que o Estado terá que dar atenção ao que nós dizemos.

   6.      Não cabe ao Estado pregar; o dever do Estado é usar a espada; é governar; é fazer as leis do parlamento; é punir e ensinar aos homens que se eles não responderem como devem a uma correta visão da vida, merecerão castigo, e certamente o receberão. A graça e a lei não podem se misturar; não pertencem a mesma esfera.

   7.      Que o Estado continue com as suas atividades. Entretanto que não haja confusão de pensamento; doutro modo, haverá fracasso em ambas as esferas.

   8.      O que estou criticando é a confusão das esferas da Igreja e do Estado.

E Excelente opusculo, recomendo aos interessados em saber qual deve ser a relação entre Estado e Igreja.