Por Taciano Cassimiro
Igreja Presbiteriana de Tailândia-PA
Reflexão do dia 21/10/2012
" Não se coloquem em desavença com a
Palavra de Deus. Porque em verdade, ela permanecerá tão certamente quanto o
Reno segue seu curso. Talvez alguém possa represá -la durante algum tempo, más
é impossível pará-la".
Entre
os grandes homens da Reforma Protestante do século XVI, sem dúvida alguma o
nome de Ulrico Zwínglio aparece com destaque. É verdade que foi ofuscado
durante sua vida pelo grande Lutero e sucedido pelo mais eficaz, Calvino, que
impeliu um estudioso a conferi-lhe o titulo de “ terceiro homem “ da Reforma.
Seu
papel na Reforma Suíça é de grande importância, porém, nossa intenção não é
tratar da Reforma Suíça, mais sim de abordar alguns detalhes da vida de
Zwínglio com ênfase em sua pregação.
1.
Primeiros Anos
Ulrico Zwínglio nasceu em 01 de
Janeiro de 1484, em Wildhaus, seu pai era fazendeiro e juiz da cidade. Seu
primeiro biógrafo , Micônio, era de opinião que, crescendo nas montanhas – tão
perto dos céus - , o jovem Ulrich ficou mais harmonizado com as coisas de Deus.
Sua família tinha uma boa posição social e
financeira, o que lhe permitiu estudar em importantes escolas daquela época. Estudou
em Viena, Basiléia e
Berna; humanista, recebeu o grau de mestre em artes em 1506. Ainda em 1506 foi
nomeado sacerdote de Glarus, no ano de 1519 foi pastorear em Zurich.
Em 1522 casa-se com a viúva Anna
Reinhard.
2.
Teologia de Zwínglio
De fato, não temos a intenção de
abordar todos os aspectos da teologia de Zwínglio, por falta de tempo, e também
de conteúdo disponível. É verdade que Zwínglio não escreveu algo parecido com
as institutas da Religião Cristã escrita por João Calvino. Contudo, podemos
pontuar suas concepções teológicas:
Zwinglio defendia a Bíblia como
autoridade absoluta, a supremacia de Cristo na Igreja, aceitou a doutrina da
predestinação incondicional, e entendia que a salvação é possível somente por
meio de Cristo. Assim como Lutero, Zwínglio ensinava que Deus é soberano na
criação e na salvação. Analisando os escritos disponíveis de Zwínglio
percebesse facilmente que sua teologia era cristocêntrica.
3.
Pregação de Zwínglio
Como os grandes luminares da
Reforma, Lutero e Cavino, Zwinglio também se destacou por meio da pregação. Em
suas pregações denunciou o sistema de indulgências romano, denunciou a
idolatria, denunciou o sistema suíço de mercenários, pois os soldados suíços
eram alugados. Zwínglio abandonou o lecionário tradicional a favor de uma
exposição das Escrituras livro por livro. Zwínglio afirmou que pregou “ sem
nenhum acréscimo humano e sem nenhuma hesitação ou vacilação por causa dos
contra-argumentos “. Ele estava não apenas pregando da Bíblia, mas também
permitindo que a Bíblia falasse diretamente a ele e à sua congregação.
As consequências ou efeitos de
sua pregação foram as seguintes: a junta da cidade intimou todos os pastores e
pregadores a pregarem os santos evangelhos e as epistolas em conformidade com o
Espírito Santo e com as Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos. Em
1521, Zurich proibiu o aluguel de soldados; em 1525 a missa foi abolida em Zurich,
em 1529 abolida na Basiléia; as imagens deveriam ser destruídas; a procissão de
Corpos Cristh foi abolida; o pagamento da extrema unção, o batismo e o supultamento
foram abolidos; houve investimento na Educação; a Bíblia foi traduzida para a
linguagem do povo.
"No púlpito", diz Myconius, "não
poupava ninguém. Nem papa, nem prelados, nem reis, nem duques, nem príncipes,
nem senhores, nem pessoa alguma. Nunca tinham ouvido um homem falar com tanta
autoridade. Toda a força e todo o deleite de seu coração estavam em Deus e em
conformidade com isso exortava a cidade de Zurique a confiar somente nele".
"Esta maneira de pregar é uma inovação!" – exclamavam alguns
– "e uma inovação leva a outra; onde irá isto parar?".
"Não é a maneira nova", respondia Zwínglio, com modos
cortezes e brandos, "pelo contrário é antiga. Recordem-se dos sermões
de Crisóstomo sobre S. Mateus, e de Agostinho sobre S. João". Com
estas respostas pacíficas, desarmava muitas vezes os seus adversários, chegando
até com freqüência a atraí-los a si. Neste ponto ele apresenta um notável
contraste com o rude e enérgico Lutero.
“ A proclamação das Escrituras
foi só ela a provocadora da Reforma...”.
Sem dúvida foi Zwínglio um
pregador corajoso e bíblico.
Conclusão
Em 1531 estourou a guerra entre os cantões
católicos e os protestantes, liderados por Zurique. Zwínglio, homem de gênio
forte, também foi para o campo de batalha, acompanhava o exercito protestante como
capelão, onde morreu no dia 11 de outubro de 1531.
Zwínglio morreu, mas o movimento iniciado por
ele não morreu. Outros líderes deram continuidade ao seu trabalho. Suas idéias
foram reestudadas e aperfeiçoadas. As igrejas que surgiram como resultado do
movimento iniciado por Zwínglio são chamadas de igrejas reformadas em alguns
países, e igrejas presbiterianas em outros. Dentre os líderes que levaram
avante o movimento iniciado por Zwínglio destacam-se Guilherme Farel e João
Calvino.
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